A BP Bunge Bionergia, joint venture entre BP e Bunge, anunciou que recebeu a certificação ISCC Corsia Plus para o uso do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). A certificação é válida para a unidade da companhia em Ouroeste, no interior de São Paulo.
A certificação ISCC (International Sustainability & Carbon Certification) é um sistema mundial que avalia a cadeia dos biocombustíveis, do cultivo da biomassa ao consumo. Essa certificação faz parte do programa Corsia (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation) da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês) que pretende reduzir as emissões dos gases do efeito estufa na aviação civil internacional até 2050.
“Essa conquista representa um passo importante na nossa agenda de compromissos para 2030 e fortalece os negócios da companhia em uma frente que já é bastante promissora: a exportação de etanol, operação em que a BP Bunge tem como clientes grandes mercados, como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Europa”, informou a BP Bunge.
A BP Bunge comunicou recentemente que projeta processar cerca de 29 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2023/24, crescendo até 16% em relação à safra anterior. Especificamente em relação ao etanol, a empresa faturou R$ 539 milhões com venda do produto para o mercado externo, o que deve aumentar neste ano.
O Brasil agora conta com quatro empresas com a certificação ISCC Corsia Plus. Além da BP Bunge, já conquistaram o certificado, também com base no etanol de cana-de-açúcar, a Raízen, a São Martinho e a Zilor.