Iata estima produção de 1,875 bilhão de litros de SAF em 2024

Associação Internacional de Transporte Aéreo projeta que essa quantidade de combustível sustentável de aviação representará apenas 0,53% da demanda das companhias aéreas por combustíveis

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estima que em 2024 serão produzidos 1,875 bilhão de SAF, sigla em inglês para combustível sustentável de aviação. Essa quantidade representará 0,53% da demanda por combustíveis das companhias aéreas no próximo ano.

A estimativa significa o triplo do volume de SAF produzido neste ano, que ultrapassou os 600 milhões de litros, o dobro da produção registrada em 2022.

O SAF, segundo a Iata, terá 6% de participação de todos os combustíveis sustentáveis produzidos no mundo, uma proporção pequena e que deve manter os preços muito altos e pouco competitivos na comparação com o querosene de aviação de origem fóssil. A proporção ideal seria entre 25% e 30% da capacidade mundial de produção.

“Nesses níveis, a aviação estará na trajetória necessária para atingir zero emissões líquidas de carbono até 2050. Até que esses níveis sejam alcançados, continuaremos perdendo enormes oportunidades para avançar na descarbonização da aviação”, alerta o diretor-geral da Iata, Willie Walsh.

Segundo Walsh, para que haja um aumento na disponibilidade de SAF, será necessário que os governos tenham políticas de incentivo. “Éé a política governamental que fará a diferença. Os governos devem dar prioridade a políticas que incentivem o aumento da produção de produtos seguros e que diversifiquem as matérias-primas com as disponíveis localmente”, prosseguiu.

Em 2023, as companhias aéreas colocaram US$ 756 milhões para ter acesso ao combustível sustentável de aviação. E pelo menos 43 empresas já se comprometeram a usar 16,25 bilhões de litros de SAF em 2030. Entretanto, projeções da Iata apontam que a demanda será para mais 78 bilhões de litros já em 2029, exatamente para cumprir com as metas acordadas em âmbito global.

O caminho, de acordo com a Iata, é que as rotas tecnológicas e as matérias-primas sejam diversificadas e que não dependam exclusivamente da tecnologia HEFA (ésteres hidroprocessados e ácidos graxos) — 85% das plantas de SAF que entrarão em operação nos próximos cinco anos usarão essa rota. Como há uma limitação na disponibilidade das matérias-primas, outras rotas, como Alcohol-to-Jet (AtJ) e Fischer-Tropsch (FT), deverão entrar em cena.

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