Voo Limpo Combustíveis BNDES e Finep vão destinar R$ 6 bilhões para projetos de SAF

BNDES e Finep vão destinar R$ 6 bilhões para projetos de SAF

Recursos serão alocados para projetos de biorrefinarias para a produção de combustível sustentável de aviação e combustível para navegação marítima

SAF BNDES Finep
SAF é a principal aposta para descarbonizar o setor aéreo. Foto: Shutterstock

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vão destinar R$ 6 bilhões para projetos de implantação de biorrefinarias para a produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e combustíveis para navegação marítima.

Poderão participar da chamada pública empresas brasileiras produtoras de combustíveis ou que realizam atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação com o objetivo de desenvolver as tecnologias objetos do edital. Também estão incluídas empresas que comercializem os produtos finais decorrentes destas tecnologias. As empresas poderão participar isoladamente ou de forma consorciada.

O objetivo da iniciativa é incentivar a cooperação empresarial e fortalecer os primeiros empreendimentos de SAF e de combustíveis sustentáveis para navegação no Brasil. O BNDES disponibilizará R$ 3 bilhões e a Finep outros R$ 3 bilhões.

De acordo com o edital, cada proposta deverá apresentar apenas um plano de negócio, com necessidade de crédito superior a R$ 20 milhões para sua execução, utilizando os instrumentos financeiros disponíveis no BNDES e na Finep. O apoio poderá contemplar atividades e despesas relacionadas à pesquisa, desenvolvimento tecnológico, projetos de engenharia, plantas piloto (semi-industrial e industrial), capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos e demais despesas relacionadas com a estruturação dos empreendimentos. Os interessados têm até o dia 31 de outubro de 2024 para inscrever os projetos.

Temos todos os recursos necessários para transformar o Brasil em um líder mundial na produção de SAF e combustíveis sustentáveis para a navegação.”

Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Para a avaliação dos planos de SAF, BNDES e Finep formarão um grupo de trabalho específico. Nesse processo, poderão convidar representantes dos ministérios de Minas e Energia, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, bem como das agências nacionais de Aviação Civil, Transportes Aquaviários e Petróleo, Gás e Biocombustíveis, e demais órgãos e entidades com envolvimento no tema.

A seleção será dividida em três etapas: a apresentação dos planos pelos concorrentes, a seleção dos planos e a estruturação do Plano de Suporte Conjunto (PSC) para cada um dos planos de negócios selecionados. O PSC será estruturado pelo grupo de trabalho, indicando os instrumentos de apoio financeiro existentes no âmbito do BNDES e da Finep mais adequados para SAF e combustíveis marítimos — crédito, subvenção (não reembolsável) e equity (participação acionária), a depender do tipo de projeto.

“Temos todos os recursos necessários para transformar o Brasil em um líder mundial na produção de SAF e combustíveis sustentáveis para a navegação. Essa chamada pública é mais uma demonstração do nosso compromisso em fortalecer a economia verde, valorizar a alta competitividade do setor de biocombustíveis e posicionar o país como um protagonista na transição energética global. Ao investir em tecnologias limpas e inovadoras, estamos criando um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social, que beneficiará toda a sociedade”, afirmou o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

“O Brasil tem, pelo seu histórico protagonismo tecnológico e empresarial na produção de biocombustíveis, como no caso do etanol e do biodiesel, além da disponibilidade de recursos naturais, todas as condições de liderar também a transição energética do transporte aéreo e marítimo”, acrescentou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“O Brasil já é, de longe, o país do G20 que relativamente produz mais eletricidade a partir de fontes limpas, já é o segundo maior produtor mundial de etanol e o quarto maior de biodiesel do planeta. Com a Nova Indústria Brasil, a política industrial do presidente Lula, esperamos que, em poucos anos, o Brasil seja também um dos principais atores na área de combustíveis sustentáveis de aviação e navegação”, complementou o presidente da Finep, Celso Pansera.

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