A Norsk e-Fuel, empresa que desenvolve projetos em combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), informou que as companhias aéreas Cargolux e Norwegian assinaram acordos de longo prazo para a compra de mais de 140 mil toneladas de combustível.
A primeira planta de produção da Norsk e-Fuel está em construção em Mosjøen, na Noruega, e entrará em operação em 2026. Outras duas unidades serão construídas até 2030 para atender os contratos já assinados previamente com outros operadores.
A produção de SAF da Norsk e-Fuel é baseada na tecnologia Power-to-Liquid, que captura dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e de fontes biogênicas para produzir o gás de síntese, passando pelo processo de Fischer-Tropsch para extrair o SAF a ser usado nos aviões.
Além do compromisso de compra, a Norwegian passa a fazer parte do grupo de acionistas da Norsk e-Fuel, que a partir de agora é liderado pela Paul Wurth. Esta decidiu aumentar o investimento em mais 5,5 milhões de euros.
“Temos planos ambiciosos para aumentar a produção de combustível sintético o mais rápido possível para fornecer combustíveis de origem não fóssil para o setor de aviação. O compromisso de nossos novos parceiros Cargolux e Norwegian e o apoio reafirmado do membro fundador e acionista Paul Wurth não são apenas um sinal de confiança em nossa missão, nosso conceito de negócios e nossa equipe”, disse o CEO da Norsk e-Fuel, Karl Hauptmeier.
“Estamos ansiosos para oferecer aos nossos clientes a opção de aprimorar voluntariamente suas iniciativas de sustentabilidade por meio do uso de combustíveis sintéticos em suas remessas a partir do final de 2026”, complementou o CEO presidente da Cargolux, Richard Forson.
“Esses combustíveis de aviação sustentáveis serão muito procurados nos próximos anos. O acordo prevê que investiremos um total de cerca de 5 milhões de euros e garantiremos o acesso antecipado da Noruega ao produto. O uso de combustíveis de aviação livres de fósseis é fundamental para atingirmos nossa meta de reduzir as emissões de carbono em 45% até 2030”, completou o CEO da Norwegian, Geir Karlsen.