A Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO, na sigla em inglês) e o Google anunciaram que vão colaborar no compartilhamento de metodologias para melhorar os cálculos de emissões de CO2 do setor aéreo e, assim, contribuir com a descarbonização da aviação de maneira mais ampla.
O objetivo da iniciativa é capacitar o público em geral, os reguladores e os atores da indústria aeronáutica para fazerem escolhas que realmente contribuam para o combate à crise climática, baseadas na ciência.
Hoje, a Calculadora de Emissões de Carbono da ICAO é o único método desse tipo que é aprovada pelos órgãos de regulação e é amplamente utilizada por consumidores, empresas, governos, organizações internacionais, organizações sem fins lucrativos e organizações da ONU.
Já o modelo de impacto de viagens do Google é uma metodologia acessível ao público para estimar as emissões de voo individuais dos passageiros. O Travel Impact Model ajuda os consumidores a escolherem os voos com menos emissões de carbono em plataformas da empresa em colaboração com o Travalyst.
A ideia é unir as experiências e os dados dessas duas ferramentas para aperfeiçoá-las e garantir aos interessados que os cálculos sejam o mais acurado possível e que não haja divergência de resultados entre elas.
“Atualmente, uma ampla gama de calculadoras de carbono para aviação produzidas de forma independente fornecem resultados de estimativas de emissões muito diversos para uma determinada aeronave e voo”, enfatizou o secretário-geral da ICAO, Juan Carlos Salazar. “Isso se deve em grande parte aos diferentes conjuntos de dados empregados, às simplificações nas metodologias relacionadas e à incerteza científica. A nova parceria da ICAO com o Google deverá resultar em resultados muito mais confiáveis para passageiros e transportadores em todo o mundo”, completou.
“Queremos ajudar todos a fazer escolhas mais sustentáveis quando viajam”, disse o chefe de Sustentabilidade de Viagens e Parcerias de Transporte do Google, Sebnem Erzan. “Juntamente com a ICAO, podemos continuar a melhorar o Travel Impact Model para emissões de voos e aumentar a transparência para viajantes em todo o mundo.”
