Voo Limpo Tecnologia Japão anuncia plano para desenvolver avião movido a hidrogênio

Japão anuncia plano para desenvolver avião movido a hidrogênio

Governo japonês vai destinar US$ 33 bilhões para a iniciativa privada para se tornar protagonista na descarbonização do setor aéreo por meio da fabricação de aeronaves

Japão quer ser protagonista na fabricação de aeronaves
Japão quer ser protagonista na fabricação de aeronaves. Foto: Shutterstock

O governo do Japão confirmou que tem planos para investir no desenvolvimento de um avião de passageiros de nova geração, possivelmente movido a hidrogênio, para posicionar o país como um dos protagonistas na fabricação de aeronaves e contribuir para a redução das emissões de gases do efeito estufa por parte do setor aéreo.

O Ministério da Economia, Mercado e Indústria do Japão (METI) anunciou que pretende destinar US$ 33 bilhões nos próximos dez anos para o desenvolvimento do avião em parceria com a iniciativa privada. A princípio, a aeronave seria de corredor único, posicionada no mercado hoje dominado por Airbus e Boeing.

“É importante para nós construir um avião de próxima geração baseado em tecnologias nas quais o Japão é competitivo, ao mesmo tempo que contribuímos para a descarbonização do transporte aéreo”, confirmou o METI em comunicado à imprensa. “Nada de concreto foi decidido ainda, mas as possibilidades incluem aviões híbridos elétricos e hidrogênio”, prosseguiu.

À agência de notícias AFP, o ministro da Economia, Mercado e Indústria, Kazuchika Iwata, afirmou que o Japão não pode ficar satisfeito com “a nossa posição como fornecedores de peças” e que o objetivo é “tomar a frente e realizar parcerias com atores globais para desenvolver um avião de corredor único”.

O anúncio dos planos do governo japonês vem um ano após a Mitsubishi Heavy Industries cancelar o projeto do SpaceJet, um avião regional para até 96 passageiros, que chegou a ter sete protótipos construídos. Um dos motivos para o cancelamento do programa foi a dificuldade tecnológica para alcançar bons níveis de eficiência de consumo de combustível e, consequentemente, de reduções de emissões de CO2.

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