A Joby Aviation, empresa americana que fabrica veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOL), realizou um voo de 840 quilômetros com uma aeronave hidrogênio-elétrica, um marco para esse mercado em desenvolvimento. O voo de teste foi feito em junho e abriu uma nova possibilidade para a adoção desse tipo de tecnologia para a mobilidade aérea regional.
Para o voo, a Joby usou um protótipo convertido com um tanque de hidrogênio líquido e um sistema de células de combustível. O demonstrador pode armazenar até 40 quilos de hidrogênio líquido e conta com uma pequena massa de baterias. A eletricidade produzida pela célula de combustível de hidrogênio alimenta os seis motores elétricos da aeronave, com as baterias fornecendo energia adicional para os momentos mais críticos, como decolagem e pouso.
A tecnologia foi desenvolvida pela Joby em conjunto com a H2FLY, subsidiária da empresa com sede na Alemanha, e é muito semelhante à usada pela H2FLY no primeiro voo de um avião pilotado movido a hidrogênio líquido, realizado em setembro de 2023. Antes do voo de teste com hidrogênio, o protótipo da Joby já havia voado mais de 40.000 quilômetros movido somente a baterias.
“Viajar de avião é fundamental para o progresso humano, mas precisamos encontrar maneiras de torná-lo mais limpo. Com nosso táxi aéreo elétrico a bateria pronto para mudar fundamentalmente a maneira como nos locomovemos nas cidades, estamos empolgados por estarmos construindo uma tecnologia que poderia redefinir as viagens regionais usando aeronaves hidrogênio-elétricas”, pontuou o fundador e CEO da Joby Aviation, JoeBen Bevirt.
A Joby planeja iniciar operações comerciais com eVTOLs em 2025, mas inicialmente usando sistema 100% elétrico. Para seguir com esse plano, a companhia arrecadou mais de US$ 2 bilhões em investimentos da Delta Air Lines, Toyota, SK Telecom, Uber e Baillie Gifford.
